quinta-feira, 7 de julho de 2016

As vozes da mídia brasileira contra Trump. Qual é o problema deles?

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Se dependesse da mídia brasileira à candidatura de Trump seria uma candidatura inviável. Algumas matérias são de caráter claramente militante anti-Trump. Isso não é monopólio de sites ou jornalistas claramente identificados com o petismo e a esquerda, mas também de outros que não são, como o Antagonista, por exemplo. Não é difícil perceber que o pensamento comum da mídia brasileira é adverso ao pré-candidato republicano Donald Trump.

Os desenhistas, roteiristas e similares da Marvel, transformaram Trump em vilão de história em quadrinho. A matéria foi devidamente reeleitos no Brasil. Pode ser conferida em
http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2016/07/donald-trump-e-o-vilao-modk-em-nova-hq-da-marvel.html
E um leitor, que se identifica como Emerson Passos comenta: "Se fosse aqui no Brasil teríamos muitos políticos para serem transformados em vilões: Tem o Lord Temer, o Sr. Cunha, tem o mafioso disfarçado de defensor dos pobres o L.U.L.A(Larápio Ultra Ladrão Assassino) que tem um exercito de pobres zumbis vermelhos, do mesmo lado dele temos a Anta Vermelha, que sofre de problemas mentais e é bastante perigosa. A lista é imensa, vilões e malfeitores de todos os tipos para serem explorados nos quadrinhos."

O vilão que tem semelhanças físicas com Trump criado pelo pessoal da Marvel, em plena campanha eleitoral, apenas sinaliza uma influência prolongada da "Nova Esquerda" americana sobre jovens universitários brancos de classe média naquele país. As noções, opiniões e crenças desse grupo se estendem por toda uma vida, a ponto de distorcer o nosso de ver o mundo e os outros. O bom mocismo do passado foi substituído pela militância da correção política que é o xodó da esquerda ocidental de hoje, com seus desdobramentos nada pacíficos e muito menos equilibrados. Interessante que o pai da ideia do politicamente correto foi Mao Tsé Tung, que o empregou nesses mesmos termos para definir quem era seguidor da "linha do partido". As vítimas da Revolução Cultural souberam muito bem quanto custava não ser "politicamente correto". A "nova esquerda" pegou a noção de correção política do maoismo e a vendeu com uma nova roupagem, com os ajustes necessários "made in USA" (ajustes feitos com componentes vindos paradoxalmente da contracultura, de Marcuse e Gramsci) para torná-la mais palatável. Onde se lê, proletariado ou classe trabalhadora, passou a se ler minorias oprimidas, ainda que fosse necessário fabricar essa minoria. Tendo desistido do proletariado, os líderes esquerdistas de todos os tons de vermelho necessitavam de uma nova massa para substituir o proletariado que nunca os seguiu.

E por que jornalistas e sites brasileiros se opõem à candidatura de Trump com tanta insistência e determinação, já que sua influência sobre o eleitorado americano é algo muito próximo de zero? Acertou quem disse que não é questão eleitoral. O ponto é o estilo de Trump registrado na constatação  inconteste de um candidato como ele, que desconsidera o "politicamente correto", ter tido êxito eleitoral a ponto de se tornar um candidato competitivo à presidência dos Estados Unidos.

Para se entender melhor esse ponto é recomendada a leitura dessa matéria publicada no site da BBC em português, site que mal disfarça sua simpatia pela esquerda. Leia em http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/03/160303_politicamente_trump_jf

Logo de início, a matéria diz que "para entender o fenômeno é preciso lembrar que disputa sobre uso da língua se insere em batalha cultural mais ampla, que opõe esquerda e direita e se reproduz também no Brasil."